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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Quais os riscos na gravidez acima dos 35 anos?




















Confira na matéria abaixo quais são os riscos que as mulheres correm ao retardarem a gravidez; especialistas dão dicas.

Quais os riscos na gravidez acima dos 35 anos?

A emancipação feminina nas últimas décadas fez com que a mulher se dedicasse cada vez mais à sua vida profissional, a estabilizar-se financeiramente e realizar seus sonhos de consumo, deixando para depois dois passos importantes: casar-se e ter filhos. Quando ela vê já está com 35 anos, a vontade de ter um bebê, muitas vezes, acaba gerando ansiedade, tensão... Uma verdadeira corrida contra o tempo. Mas há necessidade disso? Quais os problemas que a mulher pode enfrentar se a gestação for sendo protelada?

- A mulher hoje em dia engravida em uma idade mais avançada, quando já está profissionalmente estabelecida, em torno dos 30 anos. Nessa idade, surgem doenças benignas que dificultam uma possível gravidez, como os miomas uterinos, a endometriose, a doença inflamatória pélvica, distúrbios ovulatórios, doenças da tireóide, doenças do colo uterino (NIC - neoplasia intra-epitelial do colo uterino). Se ela não tratou antes, deve procurar seu médico para iniciar logo o tratamento, e assim não deixar a doença continuar a sua evolução - explica a ginecologista e obstetra Karla Uchoa Garrido, do Centro de Diagnóstico e Tratamento de Miomas da Rede Labs D’Or.

Doenças ginecológicas podem impedir a gravidez. Segundo a Dra. Karla, os principais responsáveis são os miomas e a endometriose: "A melhor maneira seria tratá-los precocemente. Ou seja, assim que estivessem surgindo, na fase inicial do seu desenvolvimento, pois a resposta ao tratamento seria melhor e menores as seqüelas que podem causar infertilidade."


PRESTE ATENÇÃO!

- ENDOMETRIOSE - O diagnóstico precoce evita a evolução da doença, que pode provocar várias seqüelas, dentre elas aderências na pelve, obstrução tubária, disfunção ovariana. Tratando-a precocemente evita-se sua progressão. O tratamento é baseado na supressão da menstruação, que pode ser realizada através de pílulas anticoncepcionais de baixa dose usadas continuamente, e análogos do GnRh, que também vão suspender a produção hormonal, bloqueando o hipotálamo e suspendendo a menstruação.

- MIOMAS - Quando diagnosticados precocemente, podem ser tratados através de métodos não invasivos ou minimamente invasivos. O método não invasivo já disponível no Brasil é o ultra-som focalizado guiado por ressonância magnética, que provoca necrose e "morte" do mioma, de forma indolor e sem necessitar de cirurgia. Durante o procedimento, o único desconforto relatado por algumas pacientes é uma leve sensação de calor no abdomen.


CUIDADOS E RISCOS

A ginecologista e obstetra Maria Cecília Erthal observa que "a partir dos 40 anos aumentam os riscos de anomalias cromossômicas, alterações genéticas, dentre estas a mais conhecida é a síndrome de Down. Nessa idade, também por causa dessas alterações, as taxas de abortamento são maiores". E completa: "Segundo o Journal of the American Medical Association (JAMA) e o American Journal of Human Genetics, os riscos de ter um filho com síndrome de Down correlacionado com a idade são: 0,5% a partir de 35 anos, 1,2% a partir de 37 anos, 6% a partir de 43 anos e 11% a partir de 45 anos".

Se a mulher deixar para mais tarde, a partir dos 40 anos, a gravidez torna-se mais arriscada.
- A gestação de alto risco é aquela em que há intercorrências tais como: ameaça de abortamento, ameaça de parto prematuro, hipertensão arterial, eclâmpsia, diabetes, descolamento prematuro da placenta, placenta prévia, entre outras. Todas essas situações podem colocar em risco o desenvolvimento e crescimento do feto, a vitalidade materna e fetal - ressalta Dra. Maria Cecília.

Assim, torna-se muito importante que, a partir dos 35, a candidata a mãe de primeira viagem tome cuidados especiais.

- Iniciar a suplementação com ácido fólico no mínimo três meses antes de engravidar. Fazer um acompanhamento pré-natal, com realização de todos os exames solicitados, atividades físicas, ter hábitos alimentares saudáveis e suplementação vitamínica - enumera a ginecologista e também diretora do Centro de Fertilização do Barra D´Or.

E, finalmente, quando recebe o resultado "positivo", a mulher não pode descuidar um minuto da sua saúde e a de seu filho. Dra. Maria Cecília conta como a gestante pode monitorar tudo que está acontecendo com ela e o feto:

- Através de exames ultra-sonográficos realizados no decorrer da gestação. O primeiro para avaliação da translucência nucal, osso nasal e ducto venoso, com 11 a 13 semanas, estudo da morfologia fetal com 22 a 24 semanas, estudo do coração fetal e dos vasos da base por meio do eco Doppler, realizado em torno de 26 a 28 semanas. Com 26 semanas realiza-se o Doppler obstétrico para avaliação do risco de desenvolvimento de doença hipertensiva na gestação, avaliação do fluxo de sangue do útero para a placenta e da placenta para o feto.

Cuidados redobrados, sim. Mas nada de sedentarismo!

- A paciente deve continuar a sua atividade física prévia, exceto atividades aeróbicas, de impacto, tipo corrida, que precisam ser substituídas por caminhadas, hidroginástica, yoga, alongamento - observa a médica.


PARA ENGRAVIDAR O MELHOR É...
... Não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas. Ter uma dieta saudável e praticar exercício físico regularmente. Engravidar até os 35 anos e, dentro do possível, amenizar o estresse.
... Se for o caso, recorrer a tratamentos clínicos que ajudem a mulher a aumentar sua chance de engravidar: remédios, suplementos etc.
... O uso de vitaminas C, E, ácido fólico. Podem ser utilizados medicamentos para induzir a ovulação e, com isso, aumentar a chance de gravidez através da realização de uma relação sexual programada.

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