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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Imagens de ressonância magnética cerebral podem identificar psicopatas




Recente estudo do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), publicado na revista britânica Social Neuroscience em maio de 2011, identificou um possível método para detectar a psicopatia com base em exames de imagem estrutural do cérebro.

A principal implicação do trabalho científico é a possibilidade de se utilizar marcadores biológicos objetivos, no caso, exames anatômicos do cérebro feitos por meio de Ressonância Magnética, como informação adicional para identificação do distúrbio de personalidade, além da habitual avaliação comportamental e psicológica.

“Este estudo mostra a possibilidade de, em um futuro próximo, identificar um psicopata utilizando técnicas computacionais a partir de imagens cerebrais de um indivíduo”, afirma Jorge Moll, neurocientista e presidente do IDOR.

Na pesquisa, conduzida por João R. Sato, Ricardo de Oliveira Souza, Jorge Moll e outros pesquisadores, foram avaliados dois grupos, sendo 15 pessoas sem alterações psiquiátricas/comportamentais e 15 psicopatas.

Os participantes foram submetidos à exame de Ressonância Magnética, e as imagens processadas utilizando uma técnica chamada de morfometria baseada em voxel (VBM), que consiste na análise computacional do cérebro de todos os indivíduos num espaço tridimensional a fim de comparar ponto a ponto da massa cinzenta dos 30 envolvidos na pesquisa.

Em seguida, foi utilizado um sofisticado algoritmo para cruzamento dos dados de todas as regiões da massa cinzenta. Foi constatado que o sulco temporal superior, na região lateral direita do cérebro, é a área do cérebro que continha as informações mais relevantes para separar as duas populações, permitindo dizer se a pessoa é um indivíduo controle ou psicopata com uma precisão de 80%.
“Obviamente, esta acurácia ainda está longe de sugerir que o método poderia ser usado como teste diagnóstico, mas os resultados abrem portas promissoras para futuras investigações”, observa Jorge Moll.

Em uma visão futurística – que nos remete ao filme “Minority Report”, o método poderia ser usado, por exemplo, para identificar indivíduos perigosos após passarem por um scanner de ressonância magnética.

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