Sobre o que você quer saber?







sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Como prevenir a hepatite e como tratá-la, em caso de contaminação

Este post é uma continuação do post que fizemos no Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. Nele, falamos sobre o que é a hepatite e quais os tipos existentes. 

Tratamento da hepatite

Nas hepatites agudas A e B, recomenda-se o repouso relativo, o aumento da ingestão de líquidos, a preferência por alimentos saudáveis e a não ingestão de bebidas alcoólicas. Nestes casos, não há medicamentos específicos e o acompanhamento médico é importante para que haja certeza de que a recuperação ocorreu.

Ana Maria Pittella, coordenadora dos Serviços de Clínica Médica e de Hepatologia do Hospital Quinta D’Or, afirma que na hepatite crônica B há várias opções de tratamentos, incluindo drogas orais (Tenofovir, Adefovir, Interferon, Lamivudina, Entecavir e Telvibudina). Todos os pacientes em uso dessas medicações devem ser monitorados pelo médico.

Na hepatite C, a especialista explica que o tratamento vai depender de uma série de fatores: “da carga viral, que significa a quantidade de vírus no organismo do paciente, do genótipo ou variante do vírus, do grau da lesão hepática (existência ou não cirrose), de doenças associadas, e se houve ou não resposta a tratamento prévio”.

A maioria das pessoas com hepatite C aguda não tem sintomas e, por desconhecer a existência da doença, não é tratada. Dra. Ana Maria reforça, portanto, que se a infecção for confirmada, a medicação deve ser instituída de forma precoce. “Em casos de hepatite crônica C, confirmada por exames de laboratório e em amostra de fragmento de biopsia do fígado, deve ser instituída a terapêutica antiviral combinada”.
A médica esclarece que recentes avanços no número e no tipo de medicações para tratar hepatite C estão disponíveis. O FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) tem aprovado o uso de diversas drogas para o tratamento da doença. “Nos dias atuais, vivenciamos momentos de esperança na terapêutica da hepatite C, com propostas de redução do tempo de tratamento e possibilidade de inclusão de pacientes antes não contemplados nos critérios para terapêutica. Podemos também antecipar regimes de drogas de uso exclusivamente pela via oral”, afirma Dra. Ana Maria.  

Como prevenir-se



A vacinação é o meio mais eficaz e conveniente de se prevenir contra a hepatite A. Ela é aplicada em duas doses, em geral, com intervalo de seis meses. Outras formas de evitar a disseminação da doença é lavar sempre as mãos com água e sabão, sobretudo após uso de sanitários e antes do preparo de alimentos.
Dra. Ana Maria esclarece que indivíduos que não foram expostos à hepatite B devem tomar a vacina contra a doença, uma vez que a imunização é o melhor meio de se prevenir.

“Não existe vacina contra a hepatite C, portanto sua prevenção está baseada em alerta e orientação. Não se deve partilhar, de maneira alguma, instrumentos perfuro-cortantes que, após serem colocados em contato com o sangue de uma pessoa, possam recortar a sua pele. Além disso, em presença de outras doenças sexualmente transmissíveis, a transmissão pode ser facilitada pela via sexual, pouco significativa no caso da Hepatite C. Havendo contato sexual com parceiro desconhecido, é recomendável o uso de preservativos”, esclarece.

Para os portadores do vírus C, recomenda-se individualizar o uso de alicates ou cortadores de unhas, tesouras, escovas de dente, navalhas ou aparelhos de barbear, seringas ou objetos perfuro-cortantes. Eles também não devem doar sangue, hemoderivados, órgãos ou sêmen e não devem consumir bebidas alcoólicas. Também é importante que estejam vacinados contra os vírus A e B da hepatite.


#rededor #QuintaDOr #hepatite #figado

Nenhum comentário: