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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Mitos e verdades dos anticoncepcionais orais




Em entrevista ao blog Espaço Saúde da Mulher, Dr. Paulo Roberto Soares, ginecologista e obstetra do Hospital Norte D’Or, esclareceu diversas dúvidas relacionadas aos anticoncepcionais orais.

Como agem no organismo: as pílulas, como também são conhecidos estes medicamentos, atuam bloqueando a ovulação. “Eles produzem também alguns efeitos acessórios, como a modificação do muco existente no colo do útero - o que dificulta a penetração do espermatozoide na cavidade uterina – e a diminuição da mobilidade das trompas. Outro efeito destes contraceptivos é a inadequação do endométrio, ou seja, a ocorrência de mudanças na camada interna do útero que impossibilitam a fixação do embrião.”

Ganho de peso: apesar de muitas pessoas acreditarem que o uso destas drogas engorda, não há estudos que evidenciem ganho de peso considerável.

Risco aumentado de trombose e/ou de problema cardíaco: o ginecologista esclarece que ambos estão relacionados à dose do anticoncepcional. “Os de mais alta dose apresentam aumento do risco, sendo o etinilestradiol mais relacionado à trombose e os progestogênios, ao infarto. Os anticoncepcionais de baixa dose têm influencia clínica insignificante”, explica. Entretanto, Dr. Paulo ressalta que o fator idade, doenças, histórico familiar ou hábitos que aumentem o risco de trombose ou infarto devem ser considerados pelo médico.

Risco aumentado de câncer de mama: o especialista afirma que até o presente momento, não existem trabalhos que atribuam diferença significativa na incidência do câncer de mama entre as usuárias de pílulas anticoncepcionais e as mulheres que não usam.

Recentemente, estudo realizado nos Estados Unidos pela Dra. Elisabeth Beaber, cientista do Centro de Pesquisas em Câncer Fred Hutchinson, detectou aumento da incidência de câncer de mama principalmente nas mulheres que tomam anticoncepcionais de alta dose. Porém, estes contraceptivos praticamente não são mais utilizados e a própria autora sugeriu que a pesquisa deve ser melhor avaliada.

Dr. Paulo Roberto afirma que “é importante esclarecer que o termo estrogênio abrange uma série de substâncias com efeitos muito diferentes no organismo. O mais correto é identificar o tipo de estrogênio para uma avaliação mais precisa de seus efeitos. São exemplos o etinilestradiol, os estrógenos conjugados, o valerato de estradiol, o estradiol, etc”.

Efeitos adversos: náuseas, cefaleia, sangramento irregular, acne e dor mamária, entre outros. Na maioria das vezes, são de pequena intensidade.

Contraindicações dos anticoncepcionais: o ginecologista explica que a Organização Mundial de Saúde (OMS) afere critérios de elegibilidade para a indicação ou contraindicação das pílulas. Esta avaliação está ao alcance do médico. O uso dos anticoncepcionais não é indicado, por exemplo, para pacientes que fumam mais de 15 cigarros por dia ou que têm alguma doença que “facilite” a trombose.


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