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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Descubra o que é o acretismo placentário e por que ele é tão perigoso


Hoje é o Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna. O Brasil tem registradas 62 mortes a cada 100 mil nascimentos, de acordo com o Ministério da Saúde. O número representa uma queda de 55% se comparado aos últimos 20 anos, porém, não atinge a meta estabelecida até o fim do ano pelo Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, da ONU, que é de 35 mortes por 100 mil nascimentos.
A pressão alta na gravidez, chamada de eclampsia, ainda é a primeira causa de mortes maternas no país. Porém, o acretismo placentário, que causa hemorragias no parto, tem aumentado e passa a ser uma das maiores causas de mortalidade materna no país. Em alguns países desenvolvidos, o acretismo placentário já é o principal motivo de óbitos maternos, uma vez que há um controle maior sobre a pressão arterial das gestantes.
Dr. Soubhi Kahhale, Coordenador de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, respondeu a uma série de questões sobre esta condição.
O que é o Acretismo Placentário?
O acretismo placentário é uma condição que se caracteriza pela invasão da placenta no músculo uterino. É uma patologia, pois em condições normais, o tecido placentário invade apenas o endométrio, não chegando a camadas mais profundas do útero. Em alguns casos, a placenta além de invadir a musculatura, chega a ultrapassá-la.
Por que esta condição é tão perigosa?
O problema maior é quando esta invasão ocorre na parte baixa do útero – placenta prévia. Nesta situação, não pode ocorrer parto normal porque a placenta fica localizada no colo do útero materno, onde está localizada a cabeça do bebê.
Até mesmo a cesárea torna-se um procedimento perigoso, uma vez que a placenta está no local que será aberto para a retirada do feto, ocasionando hemorragias graves que podem levar a paciente à morte.
O acretismo placentário também é perigoso para o bebê, pois pode causar morte fetal (em caso de hemorragias antes do parto), e morte após o parto devido à prematuridade ou ao sofrimento fetal.
Quais são as causas do acretismo placentário?
A incidência desta condição está aumentando no mundo inteiro por muitas razões, incluindo cesáreas realizadas em gestações anteriores. Abortamentos, curetagens e idade avançada da gestação também são causas consideradas.
Como é possível diagnosticar o acretismo placentário?
A placenta prévia e o acretismo placentário podem ser diagnosticados a partir da metade da gestação, durante o pré-natal pela ultrassonografia. Em caso de dúvidas, a gestante pode fazer uma ressonância magnética, que não é perigosa nem para ela nem para o bebê.
O que fazer quando há o diagnóstico?
Uma vez diagnosticado o acretismo placentário, é necessário programar o parto. Ele pode ser simples, quando não há placenta prévia, ou seja, quando a placenta está no “corpo” do útero e não em sua parte mais baixa. Por este motivo, é importante ressaltar que cada tipo de acretismo placentário tem de ser avaliado de maneira distinta pelo médico.
Em alguns casos, é necessária a realização de um procedimento mais moderno, que pode salvar a vida da mãe e do bebê. Nestas situações, um radiologista intervencionista acompanha o obstetra até a sala de parto. No centro obstétrico, antes do início do parto, o este profissional de radiologia intervencionista passa um balão dentro das artérias da mãe e esse balão é inflado, a fim de que os vasos sanguíneos sejam fechados e o obstetra possa realizar o parto sem que a mulher sangre e sofra uma hemorragia.
O Hospital e Maternidade São Luiz Itaim foi pioneiro entre os hospitais privados em adotar este procedimento. Há mais de dez anos, esta metodologia é aplicada por equipes especializadas na unidade.
#HospitalSaoLuiz #SaoLuizItaim #acretismo #mortalidadematerna

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Obesidade é fator de risco para o acúmulo de gordura no fígado



Excesso de gordura corporal e/ou a ingestão abusiva de álcool podem sobrecarregar o fígado, levando ao acúmulo anormal de gordura neste órgão. O hematologista Paulo Soares, do Hospital Santa Luzia, em Brasília, explica que este processo é mais conhecido como esteatose hepática.

De acordo com o médico, esse é o distúrbio do fígado mais comum, sendo diagnosticado em até 24% da população em geral. Entre os obesos, Dr. Paulo informa que a doença atinge níveis alarmantes, de até 70%. “Essa porcentagem pode ser ainda maior – chegando a 85% – quando se analisa pessoas obesas que ingerem álcool em grandes quantidades”, observa.

A pesquisa Vigitel 2014, do Ministério da Saúde, revela que 50% da população adulta do Distrito Federal está acima do peso. O hematologista alerta que o mundo está vivendo, atualmente, uma epidemia de obesidade e que a esteatose hepática tende a se tornar um problema grave de saúde pública. “É geralmente a obesidade que impulsiona o armazenamento de gordura no fígado. Ou seja, qualquer pessoa que está acima do peso é suscetível a desenvolver a esteatose hepática”, avisa o médico.

O especialista ressalta que esta enfermidade é silenciosa. Assim, muitas pessoas têm o distúrbio, mas não sabem. “Isso porque não há sintomas nas fases iniciais, antes que ocorram complicações potencialmente mais graves”, comenta. O hematologista adverte que não há tratamento específico e eficaz para essa patologia. Ou seja, a prevenção é de fato o melhor caminho.

“A pessoa deve, basicamente, controlar o peso e a quantidade de gordura corporal. Além disso, é indicado praticar atividades físicas regularmente e manter uma dieta balanceada. Se o paciente apresentar diabetes ou elevação do colesterol, é necessário um controle dessas doenças, para evitar o desenvolvimento de esteatose hepática. Outro ponto importante na prevenção é evitar o consumo excessivo de álcool, hábito também relacionado a uma maior incidência desse problema”, recomenda.

O hematologista afirma que esse acúmulo de gordura é detectado por meio da ecografia. “Em casos estritamente necessários, o diagnóstico pode ser confirmado por biópsia hepática”, esclarece. Ele acrescenta que, se não controlada, a enfermidade pode progredir para graus mais severos e levar à morte. “Há uma porcentagem de até 20% que evolui para esteato-hepatite, uma condição de inflamação crônica no fígado. Quando não tratada, essa inflamação pode avançar para cirrose hepática, o que pode ocasionar o óbito do paciente” finaliza Dr. Paulo.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sinais e causas da obesidade infantil

O número de bebês e crianças pequenas que têm sobrepeso ou obesidade aumentou de 31 milhões, em 1990, para 44 milhões em 2012, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Segundo o Dr. Luiz Vicente Berti, especialista em cirurgia da obesidade do Hospital São Luiz, o diagnóstico da doença nos pequenos não é feito com o uso do cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal), como acontece com os adultos. “São sinais de alerta a criança ter gordura acumulada na barriga, ter “papada” no pescoço e estar bem acima do peso dos colegas.”
As causas da obesidade infantil continuam sendo estudadas, mas a mudança nos hábitos alimentares, a falta de exercícios físicos regulares e o incentivo ao consumo de “junk foods” são algumas das razões apontadas pelo aumento no número de jovens que sofrem da doença.
“Na minha infância, as mães ficavam mais tempo em casa. A gente levava lancheira para a escola com alimentos mais naturais. Não havia cantinas. Além disso, as brincadeiras na hora do recreio eram correr, jogar futebol, entre outros. Hoje, passados cerca de 40 anos, as crianças comem mais alimentos industrializados, bolachas, sucos de caixinha, salgadinhos da cantina. No intervalo das aulas, elas brincam com seus smartphones. A alimentação era mais correta e a atividade física era muito maior antigamente”, afirma.
Além disso, os pequenos não brincam mais nas ruas ou nas praças. Muitos pais acreditam que é mais seguro que eles fiquem em casa, brincando no computador ou assistindo à televisão. Cada vez mais sedentários, a tendência é engordarem cada vez mais. E uma criança obesa tem predisposição a se tornar um adulto obeso.
“Uma vez obesas, elas podem sofrer de hipertensão, diabetes, problemas osteoarticulares, respiratórios e acúmulo de gordura no fígado. Sem contar o risco de desenvolverem sérios problemas emocionais, ocasionados principalmente pela vergonha do próprio corpo e pelo bullying realizado pelos colegas”, explica.
Diante de um filho que sofre de obesidade, o melhor a fazer é dar o exemplo e alterar a dieta de toda a família. Não adianta os pais se sentarem diante da tv com um pacote de batata frita e uma garrafa de cerveja e dizer que a criança não pode comer chocolate, por exemplo.
“A boa educação alimentar precisa vir dos pais. Mudar os hábitos em casa é o maior ato de amor que os pais podem realizar”, completa Dr. Luiz Vicente.
#RedeDOr #obesidade #crianças

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Oito perguntas que você deve saber sobre a Dengue

Embora o número de casos de dengue continue alto no país, a doença ainda confunde muitos brasileiros. Para esclarecer algumas dúvidas, as infectologistas do Hospital São Luiz, Régia Domous e Raquel Muarrek, respondem a oito perguntas sobre a Dengue.
1. Fui picado pelo mosquito da Dengue. Em quanto tempo sentirei os primeiros sintomas?
Os primeiros sintomas serão sentidos somente após o período de incubação do vírus da dengue no organismo: em média de 5 a 6 dias. Este período também pode variar de 3 a 15 dias.
2. Quais são os primeiros sintomas da Dengue?
Febre alta (39° a 40°) de início abrupto com duração de até 48h. A febre pode estar associada a dor de cabeça, dor muscular, dor na barriga, presença de manchas vermelhas no corpo, náusea, sinais de desmaio e dificuldade na ingestão de líquidos.
3. Por que a Dengue pode evoluir para um quadro hemorrágico?
A dengue é caracterizada como um quadro inflamatório em todos os vasos sanguíneos do corpo, deixando-os mais permeáveis para a saída de sangue. Este quadro pode evoluir para o choque hemorrágico (perda aguda de sangue).
4. Como é feito o diagnóstico?
A doença é confirmada quando o exame de sangue de sorologia para Dengue der positivo. O resultado será obtido apenas no 6º dia dos primeiros sintomas. “A sorologia para dengue demora seis dias para se positivar, por isso é preciso esperar para ter o diagnóstico preciso”, explicam as infectologistas. Nesse período são realizados exames complementares, como a prova do laço e hemograma, que auxiliam no diagnóstico clínico e avaliam o possível quadro de dengue.
5. Quando devo procurar atendimento médico?
Aos primeiros sintomas recomenda-se procurar atendimento médico. No pronto-socorro o paciente passará por um diagnóstico clínico e será submetido ao exame “Prova do Laço” – com um aparelho de pressão, o procedimento avalia a fragilidade do vaso sanguíneo e a tendência do paciente à hemorragia. O paciente também realizará um exame de sangue para a medição de plaquetas e hematócitos. Caso a contagem de hematócitos esteja acima do normal e as plaquetas abaixo de 150 mil, há indícios de Dengue. Dependendo do diagnóstico e da gravidade do caso, recomenda-se que o paciente faça o tratamento em casa ou que seja internado.
6. Posso continuar o tratamento em casa?
Não há necessidade de internação em casos considerados fora de risco, geralmente quando a contagem de plaquetas está boa e a prova do laço der negativa. Nesse caso, em casa, o paciente deve seguir as recomendações médicas para garantir que a recuperação seja rápida e efetiva.
Embora o paciente volte para casa, ele deverá retornar ao pronto-socorro em 24 horas ou 48 horas para monitorar a contagem de plaquetas e hematócitos e realização do exame de sorologia para dengue. Dependendo do caso, há necessidade de ir ao hospital até três vezes.
7. Quando a internação é necessária? 
Há necessidade de internação quando o quadro é mais grave. Nesses casos, o paciente pode apresentar algum tipo de sangramento, não conseguir ingerir água e sua contagem de hematócitos e plaquetas não está normal. O paciente pode permanecer no hospital de dois a cinco dias.
8. Fui diagnosticado com dengue. Quais são os cuidados que preciso tomar?
Pessoas com dengue podem sofrer desidratação pela perda de líquidos por vômitos e diarreia, por isso a hidratação e boa alimentação são essenciais durante a recuperação, que demora em média uma a duas semanas a partir do primeiro dia de febre. Nesse período, é importante fazer repouso e seguir as recomendações médicas.
Hidratação: a ingestão oral diária de água deve seguir a conta de60 ml a 80 ml por quilo, ou seja, uma pessoa com 80 kg, por exemplo, deve ingerir cerca de 4 litros de água por dia. Além de água recomenda-se a ingestão de chás, água de coco, sucos ou soro caseiro. Não devem ser ingeridos refrigerantes, isotônicos e bebidas muito doces.
Alimentação: a febre pode ocasionar modificações na flora intestinal. Por isso, opte por alimentos leves e de fácil digestão. Alimentos gordurosos devem ser evitados, pois podem aumentar a diarreia.
Coceira na pele: banhos com água fria, compressas geladas nas regiões afetadas, ou pomadas de pele são indicados, pois ajudam a aliviar a sensação incomoda provocada pela coceira.
Evite: medicamentos, como ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios. Esses remédios interferem no processo de coagulação do sangue e podem favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.
#RedeDOr #dengue