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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Entenda a esclerose múltipla

Conversamos com Gabriel Rodríguez de Freitas, Coordenador de Pesquisa em Neurologia do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOr) sobre a esclerose múltipla, doença autoimune que ataca o nervo central. O especialista explica que isso acontece porque o sistema imunológico do corpo confunde células saudáveis com “intrusas” e as ataca provocando lesões no cérebro. O sistema imune do paciente corrói a mielina – bainha protetora que cobre os nervos.

Gabriel explica que os sintomas variam de acordo com o caso e da quantidade de danos e os nervos afetados. “As principais alterações que a doença provoca são alteração da visão, coordenação motora afetada, dormência no corpo que tende a piorar, deterioração dos próprios nervos, lesões no cérebro que podem levar à atrofia ou perda de massa cerebral, dores crônicas, incontinência urinária, perda de força, falta de equilíbrio, fadiga”.

A doença afeta de diversas maneiras, mas Gabriel destaca as duas principais:
- Remitente-recorrente: é a manifestação clínica mais comum, caracterizada por surtos que duram dias ou semanas e, em seguida, desaparecem.
- Progressivo-secundária: pacientes que evoluíram da forma remitente-recorrente e vão piorando lenta e progressivamente.

A esclerose múltipla não tem cultura, mas pode ser controlada. O especialista reforça dois tratamentos:
- Com anti-inflamatório em casos de surto;
- Com medicação em longo prazo que acaba prevenindo um novo surto.
Para ele, a doença é mais fácil de tratar em comparação aos anos 90 pois, atualmente, há medicações capazes de prevenir novos surtos. “Estas medicações podem diminuir o surto em até 80% a 90%. Os efeitos colaterais e incapacidades também diminuíram. Melhora na qualidade de vida”, explica Gabriel.

O especialista ainda reforça que novas medicações também estão em fase de aprovação. A previsão é de que haja novidades no mercado para um futuro próximo. 

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