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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Acidentes de carro podem causar sérios problemas à saúde

O fim do ano está cada vez mais próximo e as famosas festas desta época chegam para aliviar o estresse de 2015. Com isto, o álcool vira forte companheiro e um facilitador de acidentes no trânsito. O Detran DF computou até outubro deste ano 12 mil pessoas pegas em blitzes dirigindo após ingestão de bebidas alcoólicas e outras 1750 presas por conduzirem totalmente embriagadas.



Porém, cada vez mais é comum flagras pessoas dirigindo sem o cinto de segurança ou usando o celular. No DF, um terço das colisões são provocadas pela utilização dos smartphones. Só este ano, entre janeiro e agosto, o Detran distribuiu mais de 33 mil multas na cidade - uma média diária de 140 casos. E por mais que pareçam simples, essas colisões “comuns” e aparentemente sem lesão são muito perigosas.

Dr. Márcio Vinhal, neurocirurgião do Hospital Santa Luzia, em Brasília, alerta a população sobre esses perigos e pede mais cuidado com as festividades deste mês. “No caso de um acidente, mesmo se não tiver alguma lesão visível é importante visitar o médico. O paciente pode não sentir dores no momento da colisão principalmente por estar nervoso ou com sangue quente, mas futuramente algum incômodo pode aparecer”, explica o médico.

Colisões Frontais
Dr. Márcio Vinhal, é especialista em colunas e explica que quando a atenção sai da pista e vai para o celular, ou o álcool não permite a concentração, o risco de colisão frontal é muito grande. Neste caso, o corpo faz o movimento de chicote indo para frente e para trás bruscamente. “O pescoço vai e volta. Causando lesão dos ligamentos cervicais e luxação, que é uma dor intratável. Se bebeu, aproveite o Natal e a estadia na casa do amigo, mãe ou tio e durma por lá mesmo”, sugere o especialista.

Colisões sem o uso de cinto
O médico destaca que a maioria dos carros não possuem airbag (bolsa de ar), apenas o cinto que segura a região do tórax. “Quando o paciente está alcoolizado, parte do seu reflexo fica comprometido. Se o acidente ocorrer e o carro não tiver a bolsa, o volante vem com toda a força em direção ao peito. E dependendo do impacto, o airbag diminui a velocidade do contato, mas não evita lesões. Nos dois casos, além da lesão cervical há a lesão da coluna e do tórax podendo ser ainda mais grave se a batida for muito forte”, comenta o neurocirurgião.

Colisões sem o uso de cinto e no banco de trás
Os passageiros são de responsabilidade do motorista do veículo, mas nem sempre eles se atentam de toda a segurança que o carro disponibiliza esquecendo com frequência do cinto de segurança. “Passageiros que utilizam o banco de trás não costumam colocar o cinto. Em qualquer batida são jogados para fora do carro e podem ser acometidos por tetraplegia - fratura torácica e lombar. Além de se atentar para isto, o passageiro precisa perceber se o condutor tem condições de dirigir. Se não, aconselho a sequer entrar no carro. Seria péssimo começar o ano enfrentando um acidente como este”, finaliza Dr. Márcio Vinhal.

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