Sobre o que você quer saber?







terça-feira, 31 de outubro de 2017

Apenas 50% dos idosos que são vítimas de fratura no fêmur retomam suas atividades


Especialista destaca que agilidade no atendimento, procedimento cirúrgico precoce e equipe multiprofissional qualificada são determinantes para a redução de complicações

As estatísticas causam preocupação quando se trata de queda e traumas relacionados ao idoso. Principalmente se associada a fratura. A literatura médica relata que até 50% dos idosos com fratura de fêmur vão a óbito nos dois anos seguintes e apenas 50%, ou seja, metade dos que sobrevivem, retomam suas atividades sem nenhum prejuízo ou queda de função. Estes dados são analisados por especialistas na tentativa de melhorar os índices e promover uma melhor resposta dos pacientes ao tratamento implementado.

Entendendo a gravidade do quadro e a prevalência cada vez maior, haja visto o envelhecimento populacional, o Hospital Copa D’Or implementou, de forma gradual e consistente, o sistema multiprofissional de atendimento ao trauma ortopédico do idoso. O serviço integra diferentes profissionais preparados para o atendimento deste paciente de forma que, em um curto espaço de tempo, consegue-se o pronto reestabelecimento do doente, com retorno ao ambiente familiar de forma precoce e segura.



- O sistema de atendimento ao trauma do idoso do Hospital Copa D’Or conseguiu reduzir as taxas de hemotransfusões (infusão de sangue antes, durante ou após o procedimento cirúrgico), a quase zero. O paciente muitas vezes tem alta hospitalar em 72 horas após o trauma inicial, retornando com segurança para seu domicílio e já tendo iniciado o programa de reabilitação no ambiente hospitalar. O último levantamento do serviço demonstra resultados muito animadores, com mais de 75% dos pacientes operados recuperando os níveis de atividade e independência que possuíam previamente ao acidente. Além disso, a taxa de óbito relacionado a fratura reduziu significativamente, sendo inferior a preconizada pela literatura mundial, permanecendo em semestres subsequentes igual a zero – destaca o cirurgião ortopedista do Hospital Copa D’Or, Dr. Daniel Ramallo.

O sucesso desta abordagem é a atuação conjunta e especializada de diversos profissionais que entendem a singularidade da doença. A otimização do tempo e a abordagem cirúrgica por técnica minimamente invasiva pela equipe de cirurgiões ortopedistas mudaram o prognóstico da doença, fazendo toda a diferença, inclusive podendo significar a vida ou não do paciente.

Por que os idosos são mais propensos a fratura de fêmur? – A lesão desta região tem relação direta com fragilidade do organismo e osteoporose, uma vez que quedas e traumas simples na terceira idade podem gerar a ruptura deste osso. O fêmur é um dos ossos mais importantes do corpo, pois conecta a bacia ao joelho, permitindo movimentos simples, porém da maior importância ao desenvolvimento e vida humana. Alguns exemplos em que ele necessariamente é utilizado são: caminhas, correr, subir e descer escadas, e sentar. Uma vez quebrado, o paciente pode ter limitações e, na maioria das vezes, permanecer acamado.

O paciente acamado e deitado, tem suas funções vitais comprometidas, com atrofia e perda da massa muscular, inclusive, a responsável pela respiração. A motilidade intestinal débil faz com que o paciente permaneça constipado e, desta forma, causa a perda progressiva da capacidade respiratória, dos movimentos, da função gastrointestinal, levando o paciente a um estado limítrofe de vida. Além disso, a pele mais fina se rompe e forma escaras cutâneas (grandes machucados que podem infectar com germes altamente virulentos). A higiene precária em um paciente acamado e com dor e a dificuldade de movimentar o corpo faz com que seja um paciente altamente colonizado por bactérias infectantes.

- O lúdico e a parte cognitiva também podem ser afetados e o paciente pode perder noção de espaço e localização. Alteração comportamental como agressividade e agitação podem advir em conjunto, abrindo um quadro de delirium. Estes fatores em conjunto são devastadores para o idoso, que se não for bem conduzidos, podem culminar, em uma última instância, em óbito – ressalta o especialista, reforçando a importância do atendimento de qualidade ao paciente.

Diferenciais no atendimento de traumatologia do idoso – O sistema de tratamento do trauma do idoso no Hospital Copa D’Or acolhe o paciente desde a sua entrada na emergência, com atendimento imediato do ortopedista que aciona o cirurgião ortopedista especialista em cirurgia do trauma (especialidade que trata as fraturas complexas dos ossos). A clínica médica imediatamente solicita todos os exames específicos, ainda na emergência, sendo o paciente revisto e operado em menos de 12 – 24 horas da sua admissão, seguindo os mais rigorosos protocolos de segurança do paciente. O pós operatório inicial é feito em unidade própria para este perfil de doente, com equipe especializada, liberando muitas vezes para o quarto em menos de 12 horas. A fisioterapia motora e respiratória está todo tempo atuante e inicia já nas primeiras horas após o procedimento cirúrgico.

A cirurgia é realizada por equipe especializada, com técnica minimamente invasiva e com mínima dose anestésica. Esse sistema integrado e multiprofissional, permite que no dia seguinte ao procedimento, o fisioterapeuta coloque o idoso de pé e o trabalho para recuperação funcional é otimizado ainda dentro do âmbito hospitalar.

Nenhum comentário: