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quarta-feira, 21 de março de 2018

Síndrome de Down: saiba tudo sobre a condição que acomete 1 a cada 500 partos


Saiba mais sobre a gravidez, os primeiros cuidados e o desenvolvimento de uma criança com essa condição 

O dia 21 de março foi escolhido para ser o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data que celebra a trissomia do cromossomo 21 é mais uma forma de chamar atenção à condição.

As pessoas possuem 22 pares de cromossomos e dois cromossomos sexuais (XX ou XY), sendo uma metade recebida da mãe e a outra parcela do pai. Por uma falha na divisão celular, às vezes o óvulo possui um cromossomo 21 a mais, resultando três cópias do cromossomo 21 (trissomia) no bebê, ao invés de duas. A condição afeta 1 em 500 gestações.

A presença da trissomia pode ter diferentes manifestações entre os casos, mas uma característica comum a todos esses indivíduos é a ocorrência de dificuldade para o aprendizado (déficit intelectual). Em 50% dos casos, há malformações cardíacas e, em uma proporção ainda menor, no trato digestivo, que fica entre 10 e 15% dos casos. Porém são problemas que podem ser perfeitamente corrigidos com cirurgia.

O diagnóstico pode acontecer durante o pré-natal ou logo após o parto. A síndrome nem sempre é descoberta durante o pré-natal. Mas mais de dois terços dos bebês apresentam sinais no exame de ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre, que é realizado na 12ª semana de gestação.

Após os testes de rastreamento apontarem alguma suspeita, os especialistas podem sugerir a realização da amniocentese, que consiste em retirar um pouquinho do líquido amniótico, a “água” em que o bebê está nadando. O Dr. Eduardo Augusto Brosco Fama, ginecologista e obstetra especialista em medicina fetal do Hospital e Maternidade Brasil, explica que nem sempre as mães querem realizar esse procedimento. “Ele envolve um risco em torno de 0,2% de perda da gestação, pois envolvem a inserção de uma agulhinha na barriga. Porém, o mais importante é que as parturientes entendam que o risco é muito menor quando realizado em um ambiente hospitalar de qualidade e de referência em medicina fetal, oferecendo toda a segurança à parturiente e ao feto” orienta o especialista.

Dr. Eduardo explica ainda que as mamães precisam seguir todas as orientações dadas pela equipe multidisciplinar logo após a descoberta, pois isso pode tornar todo o processo mais simplificado. “Toda essa preparação traz resultados positivos para a melhora e nos próximos passos na vida do bebê”, observa Fama.

É importante ressaltar que as crianças com essa condição são capazes de aprender, expressar opiniões, emoções, trabalhar e namorar. A estimulação feita pela família com apoio de uma equipe multidisciplinar é fundamental para o desenvolvimento. Os bebês com essa condição demoram mais para sentar, falar e andar, por exemplo. O aprendizado vai depender do estímulo, da persistência e do cuidado.

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